segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Moral da Sociedade e a Moral de Deus.

A paixão nos leva a um prazer físico sem destino espiritual. O ser humano não é um animal, e a falta do espiritual, produz tristeza e frustração. E isso ocorre porque o homem não é um robô, mas sim um ser espiritual e moral. A liberdade não é um atributo apenas do corpo, mas acima de tudo, uma conquista espiritual do homem. O prazer físico, não pode jamais ser classificado como uma expressão de liberdade, pelo contrário, é uma redução, ou até, uma perda dessa liberdade. Tudo perde o valor se tentarmos ser livres, sem princípios morais. Para que o ser humano possa ser realizado e feliz, precisa de um padrão moral, mas agora vem a pergunta: Quem é que a determina? A sociedade? A maioria democrática, como: a voz do povo é a voz de Deus?. A igreja? mas qual é a certa? e se ela distorcer a etica moral da palavra? Muitas vezes não escolhemos algumas coisas para nossas vidas, elas vem sem que se perceba. Quando erramos devemos sempre buscar na Palavra de Deus o que é correto, e procurar concertar o que se estragou. Porque se não agirmos assim, iremos viver pelos padrões de regras do nosso eu, e assim o fazendo estaremos a mercê de sentimentos que na maioria das vezes são corrompidos pela opressão, seja do homem ou dos principados e potestades.

Por causa da sua natureza pecaminosa o ser humano é naturalmente inclinado aos vícios, à corrupção, ao erotismo e a imoralidade. Mas existe no ser humano algo que nunca o abandonará pois o homem a tem desde a sua criação, consciência de culpa. A sociedade pode mudar todas as regras do jogo moral, pode modificar todos os princípios de conduta, pode eliminar todas as restrições, pode até criar um novo sistema de moral, Contudo, nunca eliminará a consciência da culpa que o homem sempre leva consigo quando comete atos imorais. Os conflitos do homem, consigo mesmo, refletem-se em suas relações com os demais. Luta contra os seres que ama, comete violência contra os que estão mais próximos de seu coração e trai aqueles a quem deseja o maior bem. Em outras palavras, sem Deus o homem está moralmente incapacitado de amar.

Esta é uma realidade. Quando o grupo social modifica os princípios de conduta, pensa-se que a maioria tem razão. Mas não é assim. A própria experiência do indivíduo que atua sob a pressão social demonstra que a conduta definida deste modo não é mais que uma ficção. Sua realidade desaparece, tão logo o homem enfrenta sua própria consciência. As estatísticas podem definir os princípios morais? A média revelada por uma pesquisa pode determinar a conduta moral? Quem é então que determina a conduta moral do homem? A maioria dos pensadores que buscam a liberdade do homem, não trabalham com uma norma moral que tenha sua origem no amor. Trabalham com normas que surgem da conduta social, das restrições governamentais, e assim por diante. 

Somente o amor gera a capacidade de amar. Os princípios de conduta que não surgem do amor podem agrupar-se numa ética de conduta, mas não podem determinar uma conduta moral. O amor deve ser a fonte da qual se tiram as regras da moral. Não se trata do amor em uma situação particular, como o entende a ética circunstancial, trata-se do amor para todas as situações. Não é fazer o que se quer, em nome do amor, mas viver os princípios através dos quais o amor se explica. A pessoa não pode se dividir porque ela é uma totalidade. Toda vez que atua, ela o faz em função da total e indivisível unidade de seu ser.

O mal moral entretanto, está sempre presente na vida humana e a Bíblia o chama de pecado. Como podemos identificar o mal moral ou o pecado? Através dos princípios de uma lei moral permanente. Se a lei fosse transitória ou circunstancial, não haveria maneira de saber se uma decisão ou um ato são moralmente corretos. A Bíblia é clara em afirmar a permanência e a necessidade de uma lei moral. Deus é amor e como expressão desse amor nos deu a lei moral. "...E todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus... pois Deus é amor. 1 Jõao 4. 7,8.” O apóstolo Tiago chama a essa lei, a lei da liberdade, por quê? Simplesmente porque as normas da lei moral não foram dadas para arruinar nem limitar a vida de ninguém, mas proteger. Mas infelizmente muitos querem a cada dia viver feliz a seu modo. Cada um tenta fazer sua moral. Mas o que acha Deus disso tudo?  "O céu e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência". (Deuteronômio 30:19)

Deus dá plena liberdade ao ser humano. Liberdade para seguir o caminho moral divino da vida ou o caminho que conduz à morte. Deus nunca deu liberdade ao homem para determinar o que é moral ou imoral. Isso é um atributo divino. A lei moral nasce no amor de Deus com o propósito de proteger a vida e a felicidade humana. O homem pode aceitar ou rejeitar, mas não pode determinar o que é certo ou errado do ponto de vista moral. Quando o ser humano tenta criar seu próprio código moral, por mais que negue, percebe o agudo vazio que vive, percebe claramente a angústia de sua alma e sofre um intenso sentimento de culpa. Geralmente nega essa realidade. Nega-a porque é arrogante, egoísta e incrédulo, sabe que esta errado mas prefere viver uma vida como ditador dessas regras. Mas a arrogância, porém, só produz insegurança. O egoísmo gera descontentamento e a incredulidade gera angústia. A segurança, a plena liberdade e a satisfação da vida somente se encontram numa relação de fé com Cristo, numa relação de obediência a Deus e numa relação de responsabilidade para com o próximo.

Ninguém pode cumprir os princípios morais sem estar em Cristo. Falo do Cristo diário, não do Cristo de fim de semana. Meus amados a moral não é determinada pela sociedade e suas maneiras de avalia-la mas sim pela Palavra de Deus. Os princípios que conduzem o homem à felicidade tem que ter origem no Amor de Deus. Estes princípios têm que ser permanentes e devem conter tudo que é necessário para que o homem alcance plena liberdade: psíquica, espiritual, social, moral, enfim, liberdade na sua plenitude, liberdade que nasce no amor de Deus e que é desfrutada pelo homem sem sentimento de culpa, sem inibições, sem limitações, mas com responsabilidade.

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha..... (1 Corintios 13. 1-8)"


"Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo,  semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. Mateus. 22. 37-40”

O maravilhoso de tudo é que o Deus de amor sempre está pronto a receber, a perdoar e a transformar a vida.

Que Deus abençoe a todos.


Um comentário:

  1. Infelizmente nem todos vivem esse amor e buscam a moral que vem da palavra de Deus. Excelente texto, que possamos ter um coração arrependido que busque a cada dia mais uma vida de renúncia e entrega ao Senhor.

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